Vivendo em York: como eu vim parar aqui

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Olha quem voltou! Dei uma sumidinha porque esse ano foi muito corrido. Além da loucura da pandemia, esse ano estive trabalhando na minha tese de conclusão do mestrado e não tive a chance de contar um pouquinho mais do que está rolando. Como contei antes, estive em Bologna por um ano por conta desse mesmo mestrado. Só que o mestrado tinha uma “parte II” e ela aconteceu em York. Sim, só York. Não a nova, a velha mesmo.

Localizada no norte da Inglaterra, York é uma cidade fundada pelos romanos, com direito a influências viking também (inclusive, um dos nomes que a cidade teve foi Jorvik) e com pouco mais de 200 mil habitantes. O GEMMA*, meu programa de mestrado, tem essa particularidade: ao se inscrever, você escolhe uma universidade “home” e uma de mobilidade, na qual você pode ficar por seis meses ou um ano (e concluir sua tese). Eu escolhi York e me mudei para lá em setembro de 2019.

Posso dizer que a mudança foi bem grande. Diferentemente de Bologna, York não tem uma vida noturna propriamente dita. Claro que tem pubs e restaurantes, mas, em geral, é bem difícil ver o pessoal na rua quando anoitece. Lá a maioria das lojas fecha às 16h ou às 17h e aos domingos os horários ficam ainda mais limitados. Apesar de não ser tão rica gastronomicamente, fiquei surpresa com a quantidade de restaurantes diversos que encontrei por lá. Tinha restaurante japonês, peruano, argentino, libanês, jamaicano e até um brasileiro (beeem caro).

O que me fez me amar York foram as ruazinhas, as casinhas que te faziam se sentir em outro século (ou em um romance inglês) e a facilidade para se deslocar. Eu podia ir de bicicleta para todo o canto ou até mesmo caminhar. Também confesso que a segurança que senti lá é incomparável. Às vezes, quando saía do trabalho lá pelas 22h ou 23h, ia caminhando até a minha casa, que era em torno de uns 30/40 minutos de distância (inclusive, pretendo fazer um post só sobre essa questão de trabalhar na Inglaterra).

As livrarias eram um charme à parte. Além da gigante Waterstones, eu tive a sorte de encontrar os lugares mais fofos e diferentes. Tinha livraria sobre tudo e todas elas com uma identidade própria. Mas sobre elas eu contarei depois porque tenho uma série de posts só sobre livrarias para fazer <3 Pretendo também escrever sobre algumas curiosidades e sobre a vida na Inglaterra de maneira geral. Preciso antecipar que, sim, mesmo não sendo Londres (na verdade, bem longe de Londres), o custo de vida é bem caro.

York foi uma experiência completamente diferente de Bologna, mas que me ensinou muito, não apenas academicamente. Tenho muitas coisas para contar e dividir sobre essa cidade tão especial e espero que vocês gostem. Qualquer dúvida ou pergunta, pode mandar aqui nos comentários ou lá no Instagram do Cafés Imaginários (@cafesimaginarios).

Até breve!

*No post sobre Bologna, eu expliquei que o GEMMA faz parte do Erasmus e é o primeiro programa do tipo dentro da área de estudos de gênero na Europa.  Financiado pela União Europeia, ele reúne sete universidades europeias localizadas em diferentes países. 

Photo by Thom Holmes on Unsplash

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