O talento único de Lindsey Stirling

0 Comment

O talento de Lindsey Stirling | Serendipitys
Por Gabrielle Winandy

Eu fiquei sabendo da existência da norte-americana Lindsey Stirling há cerca de três meses. Estava explorando a loja do iTunes e o cd dela, Shatter Me, era um dos que acabava de ser lançado. Logo na primeira música já me apaixonei. Mas a que me conquistou mesmo foi Roudtable Rival. A música, completamente instrumental, tem como principal destaque o violino, que é a especialidade de Lindsey. Mas isso não é o que a torna incrível.

De uma família religiosa e tradicional, a moça de 28 anos, faz algo que eu nunca havia visto (ou ouvido, neste caso): mistura, de forma harmoniosa e esplêndida, a elegância do violino com o desespero e a paixão do dubstep, nunca esquecendo do elemento celta, que se manifesta em quase todas as composições dela. Parece uma mistura estranha, mas de alguma forma as músicas são tão lindas que o elemento vocal é completamente dispensável, e por isso não está lá.

No clipe mais recente lançado por ela, e que leva o nome do cd, Shatter Me, ela mostra ainda outro talento que a torna única: dança balé enquanto toca violino, algo que descobri ser corriqueiro para ela. Nesta música em especial há a contribuição de Izzy Hale, que se encarrega de cantar (além dessa, só há uma outra música com voz, We Are Giants).

O mais impressionante é que tudo conspirava para que Lindsey não lançasse essas músicas. Todos os produtores que viam o trabalho dela falavam que ela tinha talento, mas não o suficiente para voar, e que o que ela produzia jamais venderia, porque era diferente demais. Ouvir isso, ainda mais quando não se está bem emocionalmente, pode derrubar uma pessoa (na época ela tinha distúrbios alimentares).

Mas Lindsey foi mais forte que isso: começou a divulgar vídeos no Youtube, até que no ano passado um de seus vídeos, Crystallize, chegou à posição de sexto mais visto do site. O cd que lançou de forma independente já é Ouro (quando tem mais de cem mil vendas) em vários países da Europa, sem contar que ela tem shows marcados nos Estados Unidos, Europa e Ásia com ingressos esgotados.

 Acho que é por isso que Roundtable Rival me afeta tanto. Porque a música está repleta de desafio, de ousadia – cheia de momentos que te fazem visualizar duas pessoas, uma de frente para a outra, com uma mesa entre eles, se encarando fixamente. Estão medindo o inimigo, esperando a brecha para fazer o golpe final, pronto para o momento em que o rival vai se distrair e ser atacado de surpresa. E nenhum dos dois vai desistir. Nem os que estão contra a música dela, e nem Lindsey Stirling.

Bem, talvez em algum momento os que estão contra ela desistam. Lindsey? Não. Ela não. Ela vai continuar sendo incrível, surpreendendo todo mundo e dizendo por aí que para você ter sucesso na vida, é indispensável que você tenha total confiança naquilo que te faz único – e esperar que o mundo saia do outro lado da mesa para te dar a mão e sorrir.

0 Comments

Leave a Comment