No ônibus, no metrô ou no meio da calçada, você anda com o seus fones tocando suas músicas favoritas, mas já parou para observar sua reação ao ouvi-las?

Outro dia, chegando em casa, vi um homem andando pelo parque que há ali na frente. Parecia que não estava em local público, para nós, que estávamos o olhando. Seus pés não andavam pela calçada, mas seu corpo dançava sobre os bloquinhos de cimentos colorido. Todos que passavam pelo moço jogavam um olhar incrédulo, talvez até tinham um pouco de medo do estranho sujeito que não barrava sua felicidade ao ouvir uma música que o alegrava e dava vontade de dançar.

Já vi várias dessas figuras nas ruas e no transporte público e lancei o mesmo olhar. Meio de lado, franzindo a sobrancelha e pensando “Que vergonha desse cara…”. Ao mesmo tempo, todos que estavam próximo, já davam passos silenciosos para se afastar.

Mas nos últimos dias percebi que o problema não é com nenhuma dessas pessoas que dançam em locais públicos, e sim meu. No fundo, eu deveria ter vergonha de mim mesma, eu que já julguei a felicidade do outro como mais estranha que a minha, que só fica em minha mente ou é esboçada com um pequeno sorriso ou risada.

 Um pouco influenciada pela música “Happy”, do Pharrell Williams, e por algumas conversas que tive, comecei a perceber que essas pessoas apenas estavam sendo felizes. Elas deixaram que a música contaminasse o seu corpo.

Não sou nenhuma especialista no assunto, mas pessoalmente já senti como se tivesse certo receio em exibir essa felicidade, ou melhor, medo do que as pessoas pensariam de mim. Sim, quem te ver dançando vai te achar louco, pirado e vão ter vergonha alheia de você, mas no fundo, você está feliz por causa da música e isso é o que importa. Como Charlie Chaplin já disse: “Dance como se ninguém estivesse assistindo”.

*Foto em destaque: fanpop

E aqui, o clipe do Pharrell  Williams, no qual são reunidas imagens de pessoas dançando na rua!